Dois novos estudos indicam que os famosos cantos das baleias-jubartes apresentam estruturas semelhantes às da linguagem humana, assim como, em menor grau, as vocalizações de outras espécies de cetáceos. Embora ainda não seja possível afirmar que esses mamíferos marinhos possuem uma forma de comunicação comparável à nossa, as descobertas lançam luz sobre a evolução do aprendizado vocal e da linguagem.
Os cientistas analisaram os padrões de repetição e variação nos sons emitidos pelas jubartes e perceberam que eles seguem regras organizacionais complexas, um traço essencial da linguagem humana. Além disso, outros cetáceos também demonstram padrões de comunicação que sugerem uma forma rudimentar de estruturação vocal.
Essas descobertas reforçam a ideia de que a capacidade de aprender sons e combiná-los de maneiras significativas não é exclusiva dos seres humanos. Segundo os pesquisadores, compreender melhor como os cetáceos constroem suas vocalizações pode fornecer pistas sobre a origem da linguagem e os mecanismos biológicos envolvidos nesse processo.
Os cantos das baleias-jubartes, conhecidos por sua melodia hipnotizante, já eram alvo de estudos há décadas, mas agora os cientistas começam a desvendar camadas mais profundas de complexidade. A pesquisa sugere que esses animais podem ter formas sofisticadas de comunicação que ainda não compreendemos totalmente.
Compreender melhor a vocalização dos cetáceos não apenas amplia nosso conhecimento sobre a evolução da linguagem, mas também pode ajudar na conservação dessas espécies, já que as mudanças ambientais e a poluição sonora nos oceanos podem interferir nesses complexos sistemas de comunicação.
As novas descobertas reforçam o fascínio pelas baleias-jubartes e abrem caminho para futuras pesquisas que possam aprofundar a relação entre os sistemas de comunicação dos animais e o desenvolvimento da linguagem humana.