A construção da Ponte Salvador-Itaparica, considerada a maior obra de infraestrutura da Bahia, tem início previsto para junho de 2026. O projeto contará com a instalação de uma plataforma de trabalho provisória sobre a Baía de Todos-os-Santos, estrutura que será utilizada para transporte de materiais, equipes e logística, sem comprometer a rotina da navegação local.
Para evitar impactos ao tráfego marítimo, estão previstos canais exclusivos de navegação, assegurando a continuidade das atividades portuárias, de pesca e lazer durante todo o período de execução da obra.
Canais de navegação
Segundo o projeto executivo:
• Canal principal de navegação: terá 400 m de largura por 85 m de altura, destinado a embarcações de grande porte, como navios cargueiros que operam no Porto de Salvador.
• Canais auxiliares: quatro ao todo, sendo dois próximos a Salvador e dois próximos à Ilha de Itaparica, com dimensões de 40 m de largura por 17 m de altura, para embarcações de médio e pequeno porte.
• Canais exclusivos para pescadores: junto às margens, terão 15 m de largura por 3,3 m de altura, garantindo que a pesca artesanal continue sem interrupções.
A plataforma temporária terá aproximadamente 7,2 km de extensão do lado de Salvador e 4,8 km do lado de Itaparica, cobrindo quase todo o trajeto da futura ponte.
Calado aéreo em estudo
As informações sobre o calado aéreo da ponte ainda estão em análise pela empresa responsável, que busca assegurar total compatibilidade com as necessidades da navegação rotineira do estado. O vão central da ponte permanecerá sempre livre para navegação, sem bloqueios temporários. Essa etapa da construção não utilizará estruturas fincadas ao solo marinho, mas será executada por meio de equipamentos flutuantes, garantindo livre acesso às embarcações durante toda a obra.
Impacto e legado
Com extensão total de aproximadamente 12,4 km sobre o mar, a Ponte Salvador-Itaparica representa um marco para a infraestrutura da Bahia. Além de reduzir significativamente o tempo de deslocamento entre a capital e o Recôncavo, a obra deve impulsionar a economia, fortalecer o turismo e ampliar a integração regional.
Até o início das obras, previsto para meados de 2026, seguem em andamento estudos ambientais, ajustes técnicos e processos de licenciamento junto a órgãos federais e estaduais.
Por: Hugo Leonardo
