As praias do Flamengo e de Botafogo, no Rio de Janeiro, antes associadas à poluição e ao esgoto, registram uma transformação significativa após processos de recuperação ambiental. A melhoria na qualidade da água devolveu vida marinha à região, que ganhou até um apelido dos frequentadores: “Caribrejo”, em referência ao “Caribe do Brejo”.
Uma equipe de mergulhadores mergulhos na Baía de Guanabara acompanhada pelo biólogo Ricardo Gomes, do Instituto Mar Urbano, e constatou o retorno de diversas espécies marinhas. Entre elas, cardumes de baiacus, siris, caranguejos-aranha, ouriços e até cavalos-marinhos, considerados bioindicadores da qualidade da água.
Dados do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) confirmam a mudança. Em 2021, a Praia do Flamengo era considerada própria para banho em apenas 9% dos dias de junho, julho e agosto. Já em 2025, a balneabilidade alcançou 100%.
A percepção dos frequentadores também acompanha os dados técnicos. Marcelo Gomes, aposentado que visita a praia há quase sete décadas, lembra das condições passadas: “Era horrível. Peguei hepatite aqui. Agora está show de bola”, afirmou.
A recuperação da região é vista como um marco para a Baía de Guanabara, historicamente marcada pela poluição, e levanta perspectivas positivas para o futuro das praias cariocas.