O 8º episódio da série Diálogos Ecossistêmicos transformou o Goethe-Institut Salvador-Bahia em um epicentro de inovação ambiental, cultura oceânica e construção coletiva. No evento, realizado no espaço KreativLab, foi apresentado um plano ousado e inédito que pode posicionar o Parque Marinho da Barra como uma referência internacional em governança marinha sustentável.
Organizado pela Associação de Mulheres do Mar (AMMAR), por meio da sua Diretoria de Sustentabilidade — liderada por Jacqueline Moreno e Adriana Muniz —, o encontro contou com apoio institucional da Wilson Sons, Village Itaparica e do próprio Goethe-Institut. A proposta central foi dar visibilidade e forma ao Plano Participativo de Fiscalização, Proteção e Educação Ecossistêmica do Parque Marinho da Barra, reunindo representantes da sociedade civil, setor privado, universidades, coletivos culturais e órgãos públicos.
Governança Azul com DNA baiano
O evento reforçou um modelo de gestão com base na governança azul, na sabedoria tradicional e na inteligência coletiva.
A Prefeitura de Salvador foi citada como peça-chave na coordenação de políticas públicas e na integração da cultura oceânica ao currículo das escolas municipais. O objetivo é formar gerações conscientes da importância dos ecossistemas marinhos, com a possibilidade de adesão à Rede das Escolas Azuis, alinhada à Década da Ciência Oceânica da ONU.
Inovação, tecnologia e protagonismo comunitário
Entre os destaques do plano, estão a criação de um Conselho Gestor Participativo, um Fórum Ecossistêmico Permanente e o lançamento do Fundo de Investimento da Folia, voltado à educação ambiental e à valorização da cultura local. Uma das inovações mais aguardadas é a implementação da Guarda Ambiental Comunitária, equipada com drones, boias inteligentes e canais digitais de denúncia.
Os atuais Guardiões Voluntários serão capacitados e valorizados financeiramente.
Cultura, turismo e transparência
O plano também prevê a criação do Núcleo de Educação Ecossistêmica TransforMAR, com unidades no Porto e no Farol da Barra, oferecendo oficinas, arte-educação e eventos culturais. Jovens, artistas e influenciadores atuarão como Embaixadores do Parque, promovendo Salvador como polo global de cultura oceânica.
No turismo, a articulação com o setor náutico e portuário visa um modelo sustentável e regenerativo. Todo o progresso será monitorado por uma plataforma de dados abertos, com indicadores reunidos no relatório anual “Verão a Verão”.
