Imagem: Reprodução/ @brazil_imperial
O dia 2 de julho é feriado na Bahia, mas mais que uma data cívica, é uma celebração profundamente ligada à história náutica do estado. Nesta terça-feira (2), o Nautinews mergulha nas águas da história para relembrar como mares, baías e canais desempenharam um papel fundamental na consolidação da Independência da Bahia — e, por consequência, na afirmação do Brasil como nação livre.
Em 1823, foi pelo mar que tropas e suprimentos tentaram manter Salvador sob domínio português. E foi também pelo mar — e pelas mãos de baianos, pescadores, marinheiros e líderes populares — que esse domínio foi rompido. A Baía de Todos-os-Santos tornou-se palco de batalhas decisivas, onde saveiros e canoas, muitas vezes improvisados, enfrentaram os navios imperiais.
A Batalha Naval do Funil
Entre os episódios mais emblemáticos está a Batalha Naval do Funil, travada em maio de 1823, na estreita passagem entre a Ilha de Itaparica e o continente. Ali, canhoneiras brasileiras bloquearam a frota portuguesa, impedindo o reabastecimento da capital. Essa ação marcou o início do colapso do controle lusitano sobre Salvador e selou a importância da estratégia marítima na guerra.
Itaparica e Maria Felipa
A Ilha de Itaparica, ponto estratégico dentro da Baía de Todos-os-Santos, teve papel central na resistência. Foi lá que Maria Felipa, marisqueira e heroína do 2 de julho, liderou ataques contra embarcações inimigas. Com grupos de mulheres e pescadores, ela incendiou navios portugueses e desarticulou parte da logística colonial — tudo com táticas aquáticas inovadoras para a época.
Do passado à atualidade, o legado dessa luta continua vivo. Todos os anos, regatas comemorativas cruzam a baía em homenagem aos heróis da independência, com destaque para o “Desfile Cívico do 2 de Julho”, que reúne embarcações tradicionais como saveiros, escunas e veleiros modernos.
No mês da Independência da Bahia, o Nautinews reafirma seu compromisso com a valorização da história náutica brasileira. Mais do que cobrir lançamentos e eventos, o portal entende que o mar é também território de memória e de identidade.