A poluição por plástico é hoje uma das maiores ameaças aos ecossistemas marinhos, colocando em risco espécies, habitats e até a saúde humana. Em meio a esse desafio global, uma solução vem chamando atenção: um peixe robô capaz de capturar microplásticos enquanto nada na água.
Batizado de Gillbert, o dispositivo foi criado por uma estudante britânica e desenvolvido por meio de impressão 3D. O robô imita os movimentos de um salmão, abrindo a boca para coletar partículas microscópicas de plástico presentes na água. O material recolhido fica retido em um sistema de filtragem localizado nas “brânquias” do peixe, enquanto a água limpa é devolvida ao ambiente.
O projeto tem código aberto, permitindo que qualquer pessoa baixe os arquivos digitais e produza seu próprio robô. A iniciativa democratiza o acesso à tecnologia, possibilitando que comunidades costeiras, pesquisadores e voluntários atuem diretamente na limpeza de rios, lagos e mares sem depender de grandes investimentos.
Segundo especialistas, os microplásticos – fragmentos com menos de 5 milímetros – representam um grave problema ambiental por serem quase invisíveis a olho nu e extremamente difíceis de remover do ecossistema. Eles são resultado da degradação de plásticos maiores, como sacolas e garrafas, e acabam sendo ingeridos por peixes, aves e outros animais marinhos, entrando na cadeia alimentar.
