O Submarino Humaitá, uma das mais modernas embarcações da frota brasileira, atracou nesta semana no porto de Salvador durante a Operação Atlas 2025, que mobiliza diferentes meios navais da Marinha do Brasil em ações de treinamento e monitoramento no litoral brasileiro.
Sob o comando do Capitão de Fragata Martim Bezerra de Morais Junior, o Humaitá é um dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo, resultado do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) — parceria firmada entre o Brasil e a França em 2008, que prevê também a construção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear.

Construído no estaleiro Itaguaí Construções Navais (ICN), no Rio de Janeiro, o Humaitá é uma adaptação nacional do modelo francês Scórpene, do estaleiro Naval Group. Incorporado à Marinha em janeiro de 2024, ele é o sexto meio e o quarto submarino da Força a receber esse nome, em homenagem à fortaleza de Humaitá, no rio Paraguai, palco de um dos feitos navais mais marcantes da Guerra do Paraguai.
Com 71,6 metros de comprimento e deslocamento de 1.900 toneladas quando submerso, o submarino tem autonomia superior a 70 dias e pode operar a profundidades acima de 300 metros. O armamento inclui seis tubos lançadores de torpedos, e a tripulação é composta por 42 militares.

A embarcação é equipada com sistemas de navegação, sensores e armamentos de última geração, ampliando a capacidade de vigilância e defesa da Amazônia Azul — denominação dada à extensa área marítima sob jurisdição brasileira.
Durante a estadia em Salvador, o submarino participa de exercícios operacionais e atividades de adestramento que integram o cronograma da Operação Atlas 2025. A presença na capital baiana também reforça o vínculo histórico entre a Marinha e o estado, reconhecido pela hospitalidade e tradição na recepção de navios militares.

O lema do Humaitá — “Da fortaleza de aço, jamais escaparão!” — simboliza o espírito de disciplina e prontidão de sua tripulação, além da força e modernidade do programa de submarinos brasileiro.