A influenciadora digital Dávila Kees, utilizou seu perfil no Instagram neste fim de semana para denunciar o estado alarmante em que encontrou a praia de Busca Vida, localizada em Camaçari, região metropolitana de Salvador, na Bahia.
Em vídeos publicados nos stories, Dávila mostrou imagens impactantes da areia tomada por lixo, com restos de plástico, latas, embalagens diversas e até peixes mortos espalhados pelo local. A influenciadora classificou a cena como “devastadora” e chamou atenção para a urgência de atitudes mais responsáveis por parte dos frequentadores da praia e do poder público.
A situação exposta por Dávila não é isolada. De acordo com especialistas em meio ambiente, o acúmulo de resíduos nas praias afeta diretamente o ecossistema costeiro e marinho. Animais como tartarugas, aves e peixes confundem plásticos com alimentos, o que pode causar obstrução intestinal, intoxicação e até a morte. Além disso, o lixo interfere na qualidade da água e compromete atividades como pesca, turismo e navegação.
“O plástico, por exemplo, pode levar até 400 anos para se decompor. Enquanto isso, ele se fragmenta em microplásticos que entram na cadeia alimentar, afetando a fauna e até mesmo os seres humanos”, explica Marina Ramos, bióloga e especialista em conservação marinha.
A mudança começa com atitudes simples e cotidianas. Levar o próprio lixo embora da praia, participar de mutirões de limpeza, evitar o uso de descartáveis e pressionar as autoridades por políticas de gestão de resíduos mais eficazes são algumas das ações que todos podem adotar.
Educação ambiental e campanhas de conscientização também são fundamentais para formar uma cultura de respeito aos espaços naturais.
A denúncia de Dávila Kees acende um alerta sobre os impactos visíveis e invisíveis da poluição costeira, e reforça a importância de uma convivência mais harmoniosa com os ecossistemas marinhos.