Nos últimos meses, o Rio Grande do Sul enfrentou enchentes devastadoras que afetaram milhares de moradores em diversas regiões do estado. Em meio a essa tragédia, as embarcações desempenharam um papel crucial no resgate e na assistência às vítimas, destacando-se como verdadeiros protagonistas na mitigação dos impactos das inundações.
As embarcações de resgate, operadas por equipes de bombeiros, defesa civil e voluntários, permitiram o acesso a áreas completamente isoladas pela água. Em muitas comunidades, os barcos foram a única forma de transporte disponível para levar suprimentos, medicamentos e assistência médica às pessoas necessitadas. Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, mais de 1.500 resgates foram realizados com a ajuda de embarcações, salvando inúmeras vidas e minimizando os danos materiais.
A importância das embarcações não se limita apenas ao contexto de desastres naturais. Elas são fundamentais para a economia brasileira e mundial, desempenhando um papel essencial no transporte de mercadorias e na integração de mercados. O Brasil, com sua extensa costa marítima e vastas redes fluviais, depende significativamente do transporte aquaviário. Dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) indicam que cerca de 95% do comércio exterior brasileiro, em termos de volume, é realizado por meio de vias aquáticas.
Globalmente, as embarcações são responsáveis por aproximadamente 80% do comércio internacional, segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Isso reflete a eficiência e a capacidade de transporte de grandes volumes de carga, desde commodities agrícolas e minerais até produtos manufaturados. A navegação não só contribui para a redução de custos logísticos, mas também para a diminuição da emissão de gases poluentes, comparada a outros meios de transporte, como o rodoviário e o aéreo.
Em tempos de crise, como as enchentes no Rio Grande do Sul, a resiliência e a adaptabilidade das embarcações reafirmam sua importância. No dia a dia, sua contribuição econômica é inegável, sustentando cadeias de suprimentos globais e facilitando o comércio internacional. Investir em infraestrutura e em tecnologia para o setor aquaviário é, portanto, essencial para garantir a segurança, a eficiência e a sustentabilidade do transporte e do resgate em situações emergenciais.
Dessa forma, as embarcações não só salvam vidas em momentos críticos, mas também impulsionam a economia e o desenvolvimento sustentável, solidificando seu papel vital na sociedade.
Hugo Leonardo Assis